Viúva de Marielle relata ameaças a comissão da OEA e pede proteção

  Terça, 07 de agosto de 2018
  Jornal Nacional    |      
Viúva de Marielle relata ameaças a comissão da OEA e pede proteção

    Eu acredito que o crime da Marielle seja um crime político e eu estaria pedindo ajuda e proteção a um estado que matou a Marielle. Então, eu pedi direto para a OEA', disse Mônica.

    No Rio, a viúva da vereadora Marielle Franco, prestou nesta segunda-feira (6) um novo depoimento à polícia. Depois de recorrer a Comissão Interamericana de Direitos Humanos por causa de ameaças, Mônica Benício disse que vai discutir medidas de proteção com as autoridades brasileiras.

    A viúva da vereadora Marielle Franco explicou à polícia as ameaças que vem sofrendo.

    “Na verdade, foi um carro que me acompanhou na rua, à noite. Ele fez esse acompanhamento comigo na contramão, e aí na hora de atravessar a rua, ele parou; eu fiz menção de atravessar, e o carro se jogou um pouco para cima de mim. Mas muito devagar. Depois, mais tarde, na porta da minha casa, ele passou de novo, deu sinal de luz, ficou me acompanhando devagar, do meu lado e depois seguiu o percurso”, conta Mônica.

    Mônica Benício também relatou ameaças e agressões verbais de uma pessoa que passou de carro.

    “Está falando demais, hein? Cuidado para não ser a próxima".

    Mônica Benício disse que pediu proteção à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, a Organização dos Estados Americanos, quando a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes estava perto de completar cem dias.

    Ela explicou porque não pediu, primeiro, proteção as autoridades brasileiras.

    “Eu acredito que o crime da Marielle seja um crime político, e eu estaria pedindo ajuda e proteção a um estado que matou a Marielle. Então, eu pedi direto para a OEA".

    Segundo a comissão, “o governo brasileiro declarou que Mônica não demonstrou no pedido internacional a existência de uma situação de risco concreta”. E que ela “não solicitou inclusão no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos”.

    A Comissão Interamericana declarou que “as autoridades brasileiras só entraram em contato com Mônica depois que ela pediu ajuda internacional, meses depois da morte de Marielle”.

    A OEA considerou que Mônica está numa situação de risco grave, e pediu que o governo brasileiro adote as medidas para protegê-la.

    Mônica Benício contou que deve se reunir ainda essa semana com as autoridades brasileiras para negociar o tipo de segurança que terá. Ela não quer entrar para o Programa de Proteção à Testemunha. A viúva de Marielle Franco cobrou, mais uma vez, a punição dos assassinos.

    “O que você mais quer nesse momento?”, pergunta a repórter.

    O que eu estou querendo há 145 dias. Justiça para o caso da Marielle e uma resposta para esse crime.

    O Ministério das Relações Exteriores declarou que foi informado sobre a decisão da OEA, e que o Ministério dos Direitos Humanos está articulando com outros órgãos federais e do estado do Rio de Janeiro para cumprir a decisão.

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