“O olho de peixe é originado de um subtipo do vírus HPV, que causa o aparecimento de lesões nos pés ou nas mãos, por exemplo, tendo suas características variadas de acordo com o local em que surgem,” é o que explica o médico Felipe Folco.
O olho de peixe nas mãos pode surgir por meio de verrugas salientes, que surgem ao redor de dedos e unhas. Nos casos em que a lesão está localizada nos pés, ela traz maior desconforto durante o contato com o chão, quando a pessoa está em pé ou caminhando, por exemplo.
O olho de peixe no pé é um dos tipos contagiosos e que possuem mais tendência a inflamações. “Também é importante ressaltar que o HPV que causa o olho de peixe não é o mesmo vírus da doença sexualmente transmissível, sendo apenas uma de várias condições do mesmo grupo”, acrescenta o especialista.
A condição, que pode atingir crianças e adultos, surge rapidamente em áreas localizadas. Nos pés, o olho de peixe pode se manifestar por meio de verrugas avermelhadas na sola e causa desconforto. A dor pode ir aumentando ao longo do tempo enquanto o paciente caminha, pois gera pressão na lesão.
Os principais sintomas de olho de peixe são: feridas nas solas dos pés, que doem ao caminhar ou ficar de pé, e coceira em alguns casos, principalmente nas mãos. A inflamação é benigna e possui tratamento. Porém, é extremamente contagiosa, podendo se espalhar por várias partes do corpo.
Existem pacientes que possuem maior propensão para adquirir o olho de peixe. São os que possuem baixa imunidade, doenças autoimunes e instabilidade emocional. Assim, essas condições facilitam o contágio do olho de peixe e até a evolução de inflamações dessa lesão.
Apesar de parecer simples tratar o olho de peixe, é muito importante buscar o tratamento e o diagnóstico de um especialista, a fim de evitar o contágio de outras pessoas ou partes do corpo e as complicações dessa inflamação. Além disso, o olho de peixe pode ser confundido com outras lesões causadas por doenças, como o melanoma.
Por isso, você deve procurar um dermatologista, ortopedista ou pediatra para avaliar o caso. Ele vai realizar os procedimentos necessários para analisar as lesões e identificar se há a presença de um quadro de olho de peixe.
O tratamento para olho de peixe pode ser realizado de diversas maneiras, podendo ser através de cuidados com medicamentos ou procedimentos feitos em consultórios, variando de acordo com a gravidade e a profundidade dos ferimentos. Em alguns casos, o paciente pode cauterizar as feridas por meio de tratamentos, como crioterapia e eletrocauterização.
O mais comum é que o especialista indique tratamentos à base de pomadas e curativos para combater o olho de peixe inflamado. Geralmente, os cuidados devem se estender de três a cinco semanas, até o desaparecimento das lesões, podendo variar de acordo com cada quadro clínico.
Para se prevenir do contágio de olho de peixe, é muito importante não andar descalço em espaços públicos, como piscina e vestiários, não compartilhar objetos de higiene pessoal, como toalhas, e evitar o contato direto com verrugas de outras pessoas.
Mantenha sua saúde sempre em dia, consultando seu médico com frequência e realizando seus procedimentos de rotina, para prevenir possíveis doenças e alterações no organismo.