Vacina desenvolvida especificamente para proteger pessoas com mais de 65 anos contra o vírus influenza acaba de ser aprovada pela Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma vacina contra a gripe feita especialmente para idosos. Testes realizados pela farmacêutica Sanofi Pasteur indicam que, entre indivíduos com mais de 65 anos, o imunizante é 24,2% mais eficaz na prevenção da doença em comparação com a injeção usada atualmente no Brasil.
Mas o que essa nova arma tem de diferente? Para compreender isso, antes é necessário relembrar o funcionamento das vacinas.
No caso da gripe, os imunizantes são compostos por fragmentos inativados do vírus influenza (os antígenos). Esses pedacinhos de vírus morto, assim por dizer, não provocam a doença, mas estimulam o organismo a produzir anticorpos. Então, quando a pessoa de fato entra em contato com o agente infeccioso no ambiente, seu sistema de defesa já está pronto para um contra-ataque imediato.
A questão é que o corpo dos indivíduos mais velhos responde menos à vacina tradicional. Dito de outra forma, há uma maior probabilidade de a injeção não incitar a fabricação de anticorpos. Isso torna essa turma mais vulnerável à gripe e a eventuais complicações, como a pneumonia.
Para contornar tal limitação, pesquisadores desenvolveram uma vacina com quatro vezes mais antígenos do que a disponível hoje na rede pública. É um empurrão a mais para promover uma reação imunológica adequada no pessoal mais maduro.