Mulher que nasceu sem útero fala sobre felicidade de dar à luz: ‘Disseram que nunca ia acontecer’

  Quinta, 03 de outubro de 2019
  G1    |      
Mulher que nasceu sem útero fala sobre felicidade de dar à luz: ‘Disseram que nunca ia acontecer’

    A americana Kayla Edwards tinha 16 anos de idade quando ouviu de uma médica que nunca poderia engravidar. A então adolescente descobriu que havia nascido sem o útero.

    "Na época, a médica que me atendeu nem sabia o nome do que eu tinha. Ela saiu do consultório e voltou com um livro médico enorme (para pesquisar)", diz Kayla à BBC News Brasil.

    Hoje, aos 28 anos, Kayla sabe que é portadora da síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser (MRKH), que afeta uma em cada 4,5 mil mulheres ao redor do mundo e é caracterizada pela falta total ou parcial do útero.

    Doze anos depois de receber o diagnóstico de que nunca poderia dar à luz, ela e o marido, Lance, comemoraram o que consideram um milagre: o nascimento de sua filha, Indy Pearl.

    Kayla é uma das 20 mulheres que receberam transplante de útero como parte de uma pesquisa clínica realizada pelo Baylor University Medical Center, centro médico em Dallas, no Texas.

    Indy Pearl nasceu em 10 de setembro, em parto por cesariana, pesando 2,8 kg. Ela é o quarto bebê nascido desde o início da pesquisa clínica, em 2016. Outras seis pacientes já estão grávidas.

    "Ela é maravilhosa, estamos completamente apaixonados. Ela tem apenas três semanas, e eu continuo tendo de me beliscar para acreditar que ela está mesmo aqui, que é real, porque nós lutamos tanto por ela", conta Kayla. "Ainda não acredito que consegui ser mãe."

    'Enfrentamos tanta coisa, e tudo valeu a pena'

     

    Ao contrário dos pais dos dois primeiros bebês nascidos durante a pesquisa clínica do Baylor, que preferiam permanecer anônimos, Kayla e Lance Edwards decidiram compartilhar sua história.

    Nesta semana, Kayla e Peyton Meave, que há três meses deu à luz a menina Emersyn Rae, o terceiro bebê nascido após transplante de útero no Baylor, participaram de uma entrevista coletiva em que falaram pela primeira vez sobre sua experiência publicamente.

    Kayla diz à BBC News Brasil que deseja que sua história possa dar esperança a outras mulheres que lutam contra a infertilidade.

    "Muitas mulheres que sofrem de MRKH não querem falar sobre isso. Muitas pessoas que sofrem com infertilidade simplesmente não querem falar. Eu queria quebrar esse tabu", afirma.

    "Nós enfrentamos tanta coisa, e tudo valeu a pena, para ter nossa filha no final. E se nossa história puder inspirar alguém que acaba de ser diagnosticada, que está se sentindo sozinha, isso significa muito para mim."

    A cirurgiã ginecologista Liza Johannesson, diretora médica de transplantes de útero do Baylor University Medical Center, ressalta a importância que esses depoimentos têm para mulheres que enfrentam o mesmo problema.

    "Elas precisam ver alguém como elas, que superou a infertilidade e conseguiu dar à luz. Assim, sabem que não estão sozinhas e que há esperança para elas se quiserem se tornar mães", diz Johannesson à BBC News Brasil.

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