O Brasil gerou 414.556 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (23).
Esse resultado é a diferença entre as contratações e as demissões. Em novembro, o país registrou 1.532.189 contratações e foram registradas 1.117.633 demissões.
De acordo com o Ministério da Economia, o número de empregos formais criados em novembro de 2020 foi o maior de toda série histórica, que tem início em 1992.
Esse também foi o quinto mês seguido de geração de empregos com carteira assinada. Em outubro deste ano, foram gerados 394.989 postos e, em novembro do ano passado, foram abertas 99.232 vagas formais.
De janeiro a novembro deste ano, houve a geração de 227.025 empregos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o Brasil registrou 948.344 contratações a mais do que demissões.
O resultado dos onze primeiros meses de 2020 também é o pior para esse período desde 2016, quando foi registrado o fechamento líquido de 858.333 postos de trabalho com carteira assinada.
As demissões no acumulado do ano refletem o impacto da recessão na economia brasileira gerada pela pandemia de Covid-19.
A estimativa mais recente dos economistas dos bancos é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai cair 4,40% neste ano. Entretanto, nos últimos meses, dados já apontam para uma recuperação do nível de atividade e saída da recessão.
Segundo o Ministério da Economia, mesmo com o crescimento dos empregos formais nos últimos três meses, ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e junho deste ano. No período, o Brasil registrou 1,612 milhão de demissões a mais do que contratações.
De julho a novembro, foram abertas 1,49 milhão de vagas com carteira assinada.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a criação de empregos formais, principalmente nos setores de serviços e comércio em novembro, mostra a retomada da economia. Na visão do ministro, esses foram os setores mais afetados pela pandemia.
“Só o negacionismo pode negar os números, os números estão aí, um ano de criação líquida de empregos em plena pandemia. Eu não imagino que isso possa ter acontecido em qualquer outro país do mundo, pelo menos no mercado formal de trabalho. Seguimos preocupados com os invisíveis [informais] e vamos, aí na frente, cuidar disso também”, disse.
Guedes também mandou um “abraço afetuoso” aos brasileiros pela “resiliência e pela fraternidade” durante a pandemia e disse que a esperança, para 2021, é o início do processo de vacinação em massa.
"O que espero agora é que vocês tenham, se mantenham em boa saúde, celebrem a vida com as famílias e, para o ano que vem, nossa esperança e nosso trabalho vai ser a vacinação em massa pra salvar vidas, garantir um retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada do crescimento econômico brasileiro", declarou.