Paciente se recupera de transplante triplo realizado no Rio de um único doador

  Sexta, 16 de abril de 2021
  G1    |      
Paciente se recupera de transplante triplo realizado no Rio de um único doador

    *A cirurgia é inédita no Brasil.

    O paciente de uma cirurgia inédita no Brasil está em recuperação no Rio de Janeiro. Ele recebeu três órgãos em um único transplante e de um único doador.

    Nem precisa dizer que o paciente passa bem e, se a recuperação impressiona, a história de como o José Honório chegou até aqui, também.

    Ele tem 56 anos, é faixa preta de jiu-jitsu, karatê, muay thai, luta livre e foi campeão brasileiro de jiu-jitsu. Fez o esporte encantar três gerações só na família.

    Dono de uma academia onde a maioria dos alunos não paga, o mestre sempre foi um exemplo - a não ser por uma certa teimosia em cuidar da saúde.

    “Ele tinha um problema de coração, já sabia que era, mas acha que era tratável com remédio, com cuidado. E detalhe, não falava e também não deixava o pessoal falar”, contou o filho.

    Há uns 10 anos o mestre José Honório descobriu que tinha um problema mais grave de insuficiência cardíaca. Mesmo assim, não parou de treinar. Depois, veio a notícia que outros órgãos estavam comprometidos por causa do coração - também não parou de treinar. Só parou mesmo dias antes de a internação para fazer o transplante.

    Só que a indicação de substituir o rim virou questão de vida ou morte se não ganhasse também coração e fígado novos.

    “A gente tentou ainda terapêutica com medicamento, com a diálise. Mas aí a gente seguiu com a decisão do transplante triplo”, disse o neto Pedro.

    E de um único doador. Numa cirurgia nunca feita no Brasil. No centro cirúrgico, 20 médicos. José Honório recebeu primeiro o fígado e o coração. Os dois órgãos vieram ligados do doador e foram implantados em bloco.

    Três cirurgiões cardíacos faziam as ligações do coração, enquanto quatro cirurgiões abdominais trabalhavam nas conexões do fígado, simultaneamente.

    Assim que a circulação de sangue foi reestabelecida, e estava tudo bem, começou o implante do rim. Foi 11 horas de cirurgia.

    Os médicos brasileiros tiveram a assessoria de cirurgiões americanos, que dominam essa técnica.

    “Não foi uma decisão fácil. Uma decisão muito difícil de a gente chegar ao ponto de trocar três órgãos simultaneamente. Isso foi muito emocionante para todos nós e a gente ficou muito alegre de ver esse paciente já pedalando de bicicleta no CTI", diz o médico Eduardo Fernandes.

    Pedalando no terceiro dia depois da cirurgia - e com a cara boa para fazer os médicos sorrirem.

    “Eu sempre quis ganhar. Não seria diferente nessa nossa oportunidade que estão me dando”, disse José Honório. Para não dizer que ele está 100%, falta controlar a ansiedade para rever a família.

    O Gabriel, seu neto, nasceu e mora fora do Brasil - e ainda não conheceu o avô. “Eu estou muito na expectativa de conhecer. Eu quero estar junto com eles o tempo que eu puder”, desejou José Honório.

    Assim que sair do hospital, o homem acostumado a tantas vitórias vai mostrar que vencer pode ter muitos significados. “Muito feliz. Muito feliz”, completa José.

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