A Força Nacional vai dar apoio à fiscalização ambiental no Pará. A Polícia Militar deixou de acompanhar operações porque considerou o trabalho perigoso demais.
O comando da Polícia Militar do Pará informou que a suspensão do apoio às fiscalizações foi para prevenir possíveis novos distúrbios onde estavam sendo realizadas as ações do Instituto Chico Mendes.
A PM menciona a ''insatisfação de colonos'' e ''o risco à integridade física de policiais e fiscais.
Na sexta feira (19), moradores tentaram impedir uma operação do ICMBio, o Instituto Chico Mendes, na Floresta Nacional de Itaituba 2, no Sudoeste do Pará.
Segundo o ICMBio, manifestantes bloquearam pontes e atiraram para o alto para intimidar os fiscais, que só conseguiram deixar a floresta sob escolta policial.
A região é uma das que mais foram desmatadas na Amazônia nos últimos anos. Nela, o ICMBio é responsável por fiscalizar 12 unidades de conservação. Áreas protegidas que somam nove milhões de hectares de floresta.
Após a decisão da PM, o Instituto Chico Mendes declarou que “suspendeu as ações na área até que seja restabelecido apoio policial”. Mas segundo o Ministério do Meio Ambiente, as operações continuaram.
Na noite desta quarta-feira (24) o Ministério do Meio Ambiente disse que o governo federal vai publicar, na quinta-feira (25), uma portaria, no Diário Oficial, autorizando o envio de tropas da Força Nacional para garantir a fiscalização do Instituto Chico Mendes, no Pará. A medida vale por seis meses. Segundo o ministério, ainda não está definido quantos homens vão reforçar a segurança e quando começam a atuar.