Mais da metade dos deputados federais eleitos que tomam posse em 2019 diz ser a favor da criminalização da homofobia, mostra um levantamento realizado pelo G1:
Um dos projetos que criminalizam a homofobia foi proposto pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP). O projeto chegou a ser aprovado na Câmara dos Deputados em novembro de 2006, mas foi arquivado no Senado em dezembro de 2014, ao fim da legislatura. No Senado, a proposição recebeu o nome de PLC 122 de 2006.
Há outros projetos no Congresso que também propõem tornar a homofobia crime. Um deles é o PL 2138 de 2015, que altera a lei para punir a discriminação ou preconceito quanto à identidade de gênero ou à orientação sexual. Outro é o PL 1959 de 2011, que tipifica crimes de discriminação "em razão da opção sexual, aparência, origem e classe social". Ambos os projetos foram apensados a outras proposiçãos que tramitam na Câmara.
Em 2014, a mesma pergunta foi feita aos deputados recém-eleitos. O resultado não foi muito diferente. Naquele ano, 51% se mostraram favoráveis à criminalização da homofobia.
O percentual dos que eram contra era um pouco maior: 26%.
Entre os dias 5 e 23 deste mês, o G1 aplicou aos deputados um questionário sobre 18 temas que deverão constar da pauta de debates legislativos.
Todos os 513 deputados foram contatados – 412 (80%) responderam e 101 (20%) não responderam ou prometeram enviar as respostas, mas não o fizeram.
Parte dos deputados respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte por e-mail, aplicativos de mensagens ou por intermédio das assessorias. Todos foram informados de que a divulgação das respostas não será feita de forma individualizada.