Ficar com uma pessoa porque sua família, sua igreja, seus amigos ou sua própria carência o pressionaram não são motivos certos. Achar que o relacionamento vai resolver todos os seus problemas – ou que irá resolver os problemas do seu parceiro – também entra na lista dos motivos errados. Motivo certo é estar com alguém porque você ama e admira a pessoa, e ama estar em sua companhia.
Amor não é aquela coisa que te deixa cego, doido e com uma felicidade absoluta o tempo inteiro. A paixão pode te deixar assim, mas o amor é outra coisa. Então, se você está sempre esperando aquela pessoa que vai te arrebatar e te deixar em estado de graça para sempre, sinto dizer, mas isso não vai rolar.
A boa notícia é que o amor é um negócio muito melhor que isso. “O amor verdadeiro, isto é, o amor profundo e permanente, que é impermeável aos caprichos emocionais ou à fantasia, é uma escolha. É um compromisso constante com alguém, independentemente das circunstâncias presentes. É um compromisso com uma pessoa que você compreende que não vai fazer você sempre feliz – nem deveria!”
Se você espera passar o resto da vida junto com alguém, é fundamental entender que os dois passarão por muitas mudanças. Mudanças de emprego, de visual, de gosto musical, de interesses, de religião, de filosofia de vida, de opinião. Não só relacionamentos amorosos, mas também amizades podem acabar por causa disso, se os envolvidos não souberem respeitar e acolher essas mudanças.
“Quando você se compromete com alguém, você não sabe com quem realmente está se comprometendo. Você sabe quem a pessoa é hoje, mas não tem ideia de quem ela vai ser em cinco, dez anos, e assim por diante. Você tem que estar preparado para o inesperado, e se perguntar se admira essa pessoa, independentemente dos detalhes superficiais (ou não tão superficiais), porque eu garanto que quase todos esses detalhes em algum momento vão mudar ou ir embora”, escreveu um leitor.
Casais felizes e casais infelizes brigam. Não dá para compartilhar seu dia a dia com alguém sem nunca ter brigado com essa pessoa. A questão é saber lidar com os conflitos do jeito certo. Mark explica que, segundo o psicólogo e pesquisador John Gottman, ofender seu parceiro, culpá-lo por ações suas, colocá-lo para baixo e até mesmo fugir das brigas ignorando o que ele diz são atitudes comuns entre casais mais propensos ao divórcio.
Em vez disso, tenha o cuidado de nunca insultar seu parceiro, por mais bravo que esteja. Não ressuscite brigas anteriores e desencane do impulso de querer estar sempre certo. Não adianta nada “ganhar” uma discussão se a pessoa que você ama sai se sentindo para baixo ou não amada. E, embora seja importante sair para respirar um pouco se as coisas ficarem muito pesadas, não fuja das brigas. É preciso ter conversas desconfortáveis e estar aberto para ouvir coisas que você não gostaria de ouvir – mas tendo sempre o objetivo de resolver a situação.
Por simples que pareçam, pequenas atitudes como jantar juntos, segurar a mão enquanto assistem a um filme ou levar um presentinho de surpresa são fundamentais para manter um relacionamento saudável e garantir que vocês não virem simplesmente colegas de quarto. Mark conta que quase metade dos 1.500 relatos que ele recebeu abordam isso de alguma forma. “Os leitores dizem que precisamos cultivar o hábito de ter encontros românticos, planejar escapadelas em alguns finais de semana e arranjar tempo para o sexo, mesmo quando estamos cansados, estressados e o bebê está chorando, mesmo quando o Junior tem futebol às 5h30 da manhã do dia seguinte. Vai valer a pena”.
Fonte: super.abril