Quem acreditava que trabalhar em casa exigia apenas computador, mesa e cadeira já descobriu a duras penas que o home office não é só isso. Ter um espaço organizado, confortável e funcional é o mínimo necessário para a logística dar certo.
Na falta de um cômodo específico, alternativa recorrente é adaptar o próprio quarto, o que tem lá seus prós e contras. Se de um lado é preciso ter disciplina para não confundir trabalho com descanso (já que a cama está ali ao lado, tentadora), por outro, pode ser o canto mais silencioso do imóvel.
"Uma vantagem de ter um home office no quarto é deixar o espaço de trabalho reservado das áreas sociais da casa", aponta arquiteta Stephanie Toloi, sócia de Rochele Hazan no escritório Ser Arq+Design. Ou seja, enquanto o restante da família compartilha os demais cômodos, é possível trabalhar em uma área que permite maior concentração e foco.
Organização é chave Para Stephanie, um ambiente físico aconchegante está diretamente ligado ao bem-estar e à produtividade, por isso a importância de alguns cuidados. Como cada atividade possui necessidades diferentes, às vezes, uma mesa pequena para o notebook não é o suficiente.
"Algumas profissões pedem um espaço maior de bancada, para ler, escrever ou desenhar, como é o caso dos arquitetos", observa. Além disso, a mesa precisa ser instalada perto de pontos de tomada, rede e telefone, evitando-se fios e extensões pipocando por todo o quarto. Outro detalhe essencial é deixar o cômodo bem organizado, sem distrações para quem precisa passar boa parte do dia ali.
"É muito difícil esquecer que se está trabalhando em um lugar projetado para descanso, portanto, manter as coisas nos seus devidos lugares, sem bagunça, ajuda o cérebro a se acostumar com a nova atividade no ambiente", lembra. Estantes e gaveteiros se revelam bem úteis nessa questão. Móveis de chão com rodízios também ajudam na composição dos espaços e facilitam demais a limpeza.