Como criar um filho emocionalmente saudável

Como criar um filho emocionalmente saudável

  Terça, 11 de agosto de 2020

    Não é fácil criar um filho, e isso não é segredo para ninguém. Mesmo aqueles que não têm filhos sabem da dificuldade da paternidade e da maternidade. Há tantas questões tão difíceis de serem solucionadas pelos pais, que tentam a todo custo dar o melhor para seus filhos. Porém, há muito a fazer para melhorar o desenvolvimento infantil e que está, sim, ao alcance dos pais.

    Você fuma e fala para os seus filhos não fumarem? Fala palavrões e diz para seus filhos não falarem? É estressado e exige que seus filhos estejam sempre de bom humor? Exige respeito, mas não respeita? Então, saiba que há muito o que mudar.

    Sofo Archon escreveu em seu site, The Unbounded Spirit, um artigo sobre o segredo para uma criação de uma criança emocionalmente saudável. Vale a pena conferir. Como o artigo original está em inglês, o Eu Sem Fronteiras traduziu o texto na íntegra para vocês, confira abaixo.

    Pais, aqui está a forma para criar uma criança emocionalmente saudável
    Por Sofo Archon

    Recentemente, eu e meu parceiro amado estávamos andando por um dos parques mais bonitos de Atenas, capital da Grécia, quando nós avistamos um lindo incidente que tem ficado em minha mente e que, provavelmente, eu nunca irei esquecer.

    Um pai estava jogando futebol com seu filho, uma criança que não possuía mais do que três anos, e ambos pareciam felizes e divertindo-se, apertando um ao outro em cada momento entre o jogo.

    De repente, enquanto a criança estava tentando chutar a bola na direção de seu pai, o garoto caiu abruptamente no chão. O menino começou a chorar, aparentemente expressando dor e sentindo-se impotente.  

    O pai rapidamente foi até o filho, pegou a criança em seus braços e disse para ele, em voz carinhosa: “não se preocupe, meu amor, você é forte”. Em poucos segundos, a criança parou de chorar e, junto ao seu pai, retomaram a chutar a bola com alegria, para frente e para trás.

    Pouco tempo depois, nós voltamos para casa para relaxar após nossa longa e exaustiva caminhada. Tão logo nós entramos em nosso apartamento, ouvimos nossos vizinhos no corredor do prédio gritando com o seu filho, chamando-o de estúpido, uma coisa que eles costumam fazer quando não estão em um bom humor – o que acontece, na verdade, quase sempre.

    Houve alguns momentos em que eu os ouvi chamando o filho de gay, retardado e outros nomes similares da natureza. Como você provavelmente pode entender, essa criança e a outra mencionada no começo do texto recebem uma educação completamente diferente.

    Um é criado em um ambiente emocionalmente saudável, envolvido em amor, carinho e encorajamento; enquanto o outro em um ambiente emocionalmente tóxico, recheado de ódio, desrespeito e críticas.

    A psicologia descobriu há muito tempo que as palavras que os pais usam enquanto falam com seus filhos podem influenciar tremendamente no desenvolvimento psicológico das crianças, bem como em seu comportamento e hábitos, ou seja, em seu futuro.

    “Mas, por que isso é verdade?”, você pode se perguntar. Bem, em primeiro lugar, as crianças desejam ser amadas e queridas por seus pais – os pequenos desejam isso mais do que qualquer outra coisa. Então, a forma como os pais falam com os filhos significa tudo para eles.

    Portanto, as palavras proferidas pelos pais afetam profundamente seu psicológico. Por isso que, quando os pais expressam verbalmente que não gostam dos filhos como eles de fato são e não os aceitam, por exemplo, as crianças sentem vergonha de si próprias e ódio delas mesmas.

    Quando os pais, no entanto, conversam com carinho e mostram respeito por seus filhos, os pequenos se sentem bem a respeito deles mesmos, além de sentirem orgulho por quem de fato são. Além disso, os pais são vistos como modelos por seus filhos. Para eles, tudo o que os seus pais dizem é certo.

    As crianças realmente acreditam no que os pais falam e pensam; aceitam isso como verdade absoluta, sem questionamentos, e é justamente essa verdade que eles compram de seus pais que moldam sua visão do mundo, incluindo a visão que eles têm deles mesmos.

    Portanto, se, por exemplo, um pai chamar seu filho de idiota, existe uma chance enorme da criança realmente acreditar que é idiota e, mais para frente, começar a agir como tal. Se um pai chama seu filho de gay de forma pejorativa, é muito provável que o filho cresça e se transforme em alguém homofóbico.

    Entretanto, se o pai diz ao seu filho que ele é forte, como no caso do pai que estava jogando futebol com o seu filho, existem grandes chances do menino acreditar que é forte e começar a se comportar como uma pessoa forte.

    Mas não são somente as palavras dos pais que moldam a mente das crianças. Ainda mais importante do que as palavras, o comportamento geral e as atitudes dos pais se fazem presentes. Mais do que qualquer outra coisa, as crianças aprendem com o exemplo.

    Inclusive, por exemplo: se os pais de uma criança são preocupados, com medo e estressados, a criança pode se tornar um adulto inseguro, ansioso e neurótico. Ou, um exemplo contrário: se os pais de uma criança são confiantes, aguentam firmes os períodos difíceis e são positivos, é provável que seu filho cresça e desenvolva uma personalidade otimista, corajosa e sem medo de enfrentar os desafios que a vida colocar em seu caminho.

    Isso significa que, na maioria dos casos, a melhor maneira para os pais ensinarem qualquer coisa aos seus filhos é incorporando o que eles estão tentando ensinar. Muitas vezes, os pais dão às crianças conselhos que eles próprios não aplicam em suas vidas. “Não fume, faz mal à saúde”, muitas vezes ouvimos essa frase dos pais, enquanto seguram um cigarro aceso em suas mãos. Ou, talvez, “pare de brigar com seus irmãos”, enquanto eles usam a punição física como castigo pelo comportamento inadequado dos filhos. Quer ensinar que não se deve bater, batendo?

    O resultado? As crianças recebem mensagens conflitantes em relação às ações e às palavras proferidas por seus pais – e as ações sempre falam mais alto que as palavras. E então, as crianças chegam às suas próprias conclusões a partir do que já foi mostrado a elas. 

    Uma criança é como uma esponja, que absorve inconscientemente tudo aquilo que está a sua volta, nos ambientes em que vive. E uma vez que os pais fazem parte do principal ambiente dos seus filhos, sua própria condição psicológica é de extrema importância para o desenvolvimento da condição psicológica dos filhos.

    Se os pais não são emocionalmente saudáveis, eles falham na missão de criar filhos emocionalmente saudáveis – os problemas emocionais que eles sofrem serão inevitavelmente transferidos para os filhos.

    Portanto, somente quando os pais souberem lidar com as suas próprias dificuldades emocionais e superar seus próprios problemas psicológicos, conseguirão criar um ambiente positivo para o desenvolvimento infantil – isto é, um ambiente que faz com que as crianças sintam carinho, segurança, amor e apoio pela forma que são em sua essência; dessa forma, eles podem crescer na melhor e totalmente verdadeira versão de si mesmos.

    FONTE: Eu sem fronteiras

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