Erros e Acertos. Como educar através do exemplo útil...

Erros e Acertos. Como educar através do exemplo útil...

  Terça, 20 de novembro de 2018
    Um exemplo só vale mais que mil palavras se for capaz de transformar-se em ação cognitiva e útil, e tudo isso a partir da conduta do preceptor que está sempre lúcido...
     
    "Acertar a partir dos erros é um formidável exemplo de sabedoria. Errar a partir de acertos, um incontestável exemplo de burrice..."
     
    Erros e Acertos. Como educar através do exemplo útil

    Na educação tradicional o educador afirma para o aluno; no modelo ideal ele suscitaria uma dúvida e a afirmação ficaria por conta do aprendiz...

    Avaliando a Questão...

    Explicar para uma criança, através do exemplo, o que significa um tijolo quebrado, isso é relativamente fácil. Basta que ela visualize o tijolo inteiro e depois o processo da quebra e está feito. Não será necessário repetir o procedimento, afinal de contas, a demonstração já resume tudo. Assim, a experiência visual já é suficiente para que ela compreenda o significado da coisa.

    Já a experiência sensorial, onde ela própria irá quebrar o tijolo, isso é outra coisa. Desse modo, temos então dois aspectos: a compreensão visual e a sensorial. São dois níveis cognitivos. Há o efeito visual e a sensação táctil. E isso deveria finalizar todo processo de aprendizado em relação a esse objeto.

    Mas existe ainda um terceiro elemento ou recurso que é o acabamento teórico ou textual, quando, através de palavras e informações complementares, tentamos explicar os outros dois. Nesse caso, quando esse recurso é usado isoladamente, como não há o exemplo demonstrando o fato, a informação servirá apenas como dica ou indicação de uma hipótese, possível ou não, de ser comprovada posteriormente.

    O aprendizado completo só ocorre quando a criança tem a experiência visual seguida da sensorial e complementada pelo esclarecimento textual ou explicação oral detalhada do que aconteceu. E quanto mais ela aprende sobre a recente autoexperimentação, maior será a qualidade da sua cognição.

    Entretanto, nem todo processo cognitivo segue esse padrão à risca. Isso significa dizer que nem sempre uma experiência pessoal terá o complemento textual para ajudar a esclarecer a ocorrência. O fenômeno do sonho ou pesadelo lúcido é um desses casos, uma vez que a comunidade científica ainda bate cabeças em busca de explicações sobre a natureza ou função desse estado anímico, ou mesmo desconhece por completo a existência do processo.

    Para uma criança, conhecimento útil é aquele que ela é capaz de transformar em ação e dele tirar algum proveito para si...

    A maioria dos ensinamentos que as crianças captam dos adultos através dos exemplos, muitas vezes ocorre de forma discreta e involuntária. Isto é, o adulto no papel de orientador, não é capaz de perceber que está ensinando ao sempre atento jovem que está ao seu lado.

    Pode ser uma mania, a expressão de uma reação de raiva ou ato violento; ou ainda um gesto de antipatia ou empatia. Em outras ocasiões, uma insatisfação, uma crítica sem fundamento, um vício ou dependência somática, ou até mesmo um mau hábito.

    Lembre-se: Os sentidos infantis são infinitamente mais aguçados que nos adultos, por isso a criança é capaz de captar detalhes do nosso comportamento que seriam completamente ignorados por outros adultos, muito embora seja incapaz de compreender o que está ocorrendo.

    E em sua mentalidade ainda incipiente, importa mais a utilidade que a qualidade. Um bom conselho teórico, por mais qualificado que seja, para uma criança muito pequena, tem o mesmo valor que teria uma moeda de ouro para um gato.

    Se o conselho não vier precedido do respectivo exemplo, de modo que ela seja capaz de comprovar com sua memória visual e então associar à autoexperimentação sensorial, todo processo será perda de tempo. Mas, ainda assim, poderá ficar guardado em seu reservatório cerebral como uma eventual referência ou hipótese para suas futuras vivências.

    Por isso, para uma criança pequena, ainda carente de lastro cognitivo, ensinar a fazer tem mais valor do que dizer que pode ser feito. Já para um jovem, com mais experiência de vida, cujo lastro intelectual já o permite associar a palavra ao fato, a dica informativa é sempre preciosa, e se vier de fonte qualificada e íntegra, podemos considerar uma benção.

    No entanto, engana-se aquele que vê o aprendizado como um processo que chega ao fim. Na verdade trata-se de um caminho infinito e apenas de ida, onde a experiência de hoje sempre irá servir como alicerce para a compreensão da experiência de amanhã. E eis a razão porque está sempre incompleto.

    Ainda assim, podemos ver quando começa. Por isso o esclarecimento na hora da dúvida é fundamental, insubstituível, faz toda diferença. Mas, para que isso aconteça é preciso que a prática da dúvida se transforme em um hábito. E isso ocorre naturalmente quando a explicação possível de se converter em aprendizado está disponível, ou seja, quando o educador consciente está presente.

    Mas a criança só terá dúvida se souber qual a sua utilidade daquele contexto, e o mais importante, se tiver o aporte necessário para elucidar seu questionamento. E nesse caso, mais uma vez, o papel dos pais é insubstituível, afinal de contas, sem sua assistência o princípio da dúvida jamais fará parte do acervo cognitivo dos filhos. Desse apoio inicial poderá nascer a verdadeira inteligência, um status possível de aflorar apenas quando não temos certeza de nada.

    O Imprescindível Papel dos Pais...

    Um erro cometido é a melhor forma de exemplificar qualquer ensinamento. Assim, o pai ou educador atento usará desse valioso argumento cognitivo com os seus filhos ou alunos, sempre que a ocasião se fizer presente.

    E no dia a dia não faltarão oportunidades. Pode ocorrer nos pequenos detalhes, a partir de erros discretos, ou mesmo insignificantes, afinal de contas, o terreno precisa ser preparado antes que os grandes eventos ocorram. Pela ciência do menos se chega ao mais.

    Mas, sem paciência é bom nem começar. A impaciência é um péssimo mau exemplo, especialmente para a instável sensibilidade infantil. Ocorre que qualquer mudança negativa no estado emocional dos adultos poderá desencadear traumas irreparáveis naquele pequeno cérebro ainda em busca de um alicerce consistente para moldar as bases de sua personalidade.

    Para a criança, o melhor ensinamento é aquele possível de ser demonstrado de forma prática, ou seja, através da autoexperimentação. Já para o jovem, além da vivência, o esclarecimento sobre o que está acontecendo, este é um complemento de excepcional valor.

    Entretanto, talvez o mais importante de tudo isso seja a descoberta das predisposições inatas da criança ou dos traços falhos e fortes em um jovem com mais idade. De posse desse acervo, o pai ou educador poderá ser mais eficiente em orientar cada um dos seus filhos ou alunos, encaminhando-os da forma adequada para a descoberta e aplicabilidade da vocação.

    E lembrando mais uma vez que, uma palavra ou descrição, por mais refinado que seja seu detalhamento e contextualização, ainda assim é incapaz de injetar sensorialmente dentro daquele indivíduo a compreensão da experiência vivida por outro.

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